Praticar atividades físicas regularmente é essencial para os cuidados com a saúde, independente da nossa idade e contribui para a prevenção e o manejo de diversas condições crônicas como as doenças cardiovasculares, diabetes e artrite.
No entanto, esta prática muitas vezes não é colocada em nossa rotina por falta de tempo ou de conhecimento, o que faz com que muitos idosos sejam considerados inativos ou sedentários. Além disso, a prevalência de inatividade aumenta com o avanço da faixa etária. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 25% dos indivíduos entre 50 e 64 anos e 35% da população com mais de 75 anos são considerados inativos.
Os benefícios do exercício físico para a saúde dos idosos
A prática de atividade física tem impacto na saúde física, emocional e social dos idosos e contribui para a redução em mais de 30% da mortalidade associada a diversas condições crônicas, assim como a redução do risco de desenvolver certos tipos de câncer e a ocorrência de fraturas.
Mas estes não são os únicos benefícios da atividade física. Afinal, sua prática constante contribui para a manutenção do equilíbrio, melhora da atenção e memória, reduz o risco de demência e declínio cognitivo. Já do ponto de vista metabólico, diminui os níveis de marcadores inflamatórios e a porcentagem de gordura corporal, melhora o perfil lipídico, a sensibilidade à insulina e a homeostase glicêmica. Além disso, contribui para o aumento e fortalecimento da massa muscular, reduzindo o risco de osteoporose, sarcopenia e fraturas.
Como o envelhecimento altera a composição corporal?
Muitas condições crônicas, como a obesidade e a sarcopenia impactam negativamente a qualidade de vida dos idosos e os deixam mais susceptíveis em relação a condições adversas de saúde.
Isso acontece porque a nossa composição corporal se modifica consideravelmente com a idade.
Conforme envelhecemos, há uma redução progressiva da massa esquelética e óssea que se inicia por volta dos 30 anos de idade. Em contrapartida, a porcentagem de gordura em nosso organismo aumenta até os 70 anos de idade e, então, começa a declinar.
Devido a redução da massa magra, há uma diminuição da taxa metabólica de repouso. Isso está relacionado aos níveis reduzidos de atividade física, menor consumo de proteínas e o aumento da ingestão alimentos ricos em açúcares e gordura. Outros fatores, como a redução do nível de hormônios anabólicos também contribuem para essas alterações na composição corporal.
No entanto, também é preciso considerar como se dá a redistribuição destes tecidos. A infiltração de lipídios nos músculos esqueléticos pode ocorrer devido à redução da densidade muscular. Por outro lado, o acúmulo de lipídios no tecido adiposo visceral, contribui para resistência insulínica, inflamação crônica, hipertensão e o aumento do risco de mortalidade.
A importância do estilo de vida para a saúde do idoso
Alterar o no nosso estilo de vida envolve, dentre outros fatores, modificar os nossos hábitos alimentares e a prática de atividade física.
Mas, isto não deve ser feito de qualquer maneira. É preciso considerar o tipo de exercício, sua intensidade e se há alguma contraindicação para a sua prática.
Exercícios aeróbicos e de resistência combinados à dieta de restrição calórica, por exemplo, contribuem para a redução do peso corporal e do risco de outras doenças cardiometabólicas e de ocorrência de quedas e fraturas.
Intervenções no estilo de vida como esta parecem ser a forma mais eficiente de melhorar a qualidade de vida destes indivíduos e de mitigar as doenças metabólicas e outras complicações relacionadas ao envelhecimento e à obesidade. E incentivar tais mudanças é fundamental para melhorar a saúde dos nossos idosos como um todo.
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Referências científicas:
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