A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma infecção sexualmente transmitida que não tem cura afeta a qualidade de vida das pessoas que foram diagnosticadas com a doença. No entanto, pouco se fala desta doença entre os idosos.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 50% das pessoas diagnosticadas com esta síndrome possuem mais de 50 anos. E este fato não está relacionado apenas ao envelhecimento da população. Por isso, falar sobre a AIDS nesta idade não é apenas uma forma de alertar os idosos sobre a importância de sua prevenção, mas também de contribuir para a melhor qualidade de vida e longevidade destes pacientes.
O que é a AIDS?
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) compromete o sistema de defesa do nosso organismo e pode levar ao desenvolvimento da AIDS. No entanto, nem todos os indivíduos infectados pelo vírus apresentam sintomas ou desenvolvem a doença. Todavia, estes pacientes soropositivos para o HIV podem transmitir o vírus.
O vírus é transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de objetos perfurocortantes, como seringas. E, em caso de o indivíduo ter sido exposto a situações de risco, é recomendado realizar o teste de HIV.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento da AIDS?
Seu diagnóstico envolve a pesquisa das variantes do HIV (HIV1 e HIV2) e detecção de anticorpos anti-HIV em amostras de sangue ou fluido oral. E, em caso positivo, a evolução da doença pode ser acompanhada através de exames que avaliam a carga viral.
Apesar de a AIDS não ter cura, os medicamentos antirretrovirais (ARV) têm contribuído para o aumento da longevidade e da qualidade de vida dos indivíduos positivados. Esses medicamentos, combatem o enfraquecimento do sistema imunológico do indivíduo e reduzem o número de infecções que podem surgir.
Relação entre a AIDS e o envelhecimento
Diversos estudos científicos sugerem que a infecção pelo HIV pode acelerar o processo de envelhecimento, independentemente dos fatores de risco que estão presentes nesta idade. Estes estudos sugerem um conjunto de processos biológicos (danos no DNA, encurtamento dos telômeros e senescência celular, por exemplo) contribuem para a maior susceptibilidade ao desenvolvimento de várias comorbidades, como alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e danos neurocognitivos. Mas a ocorrência de mais de mais de uma comorbidade muitas vezes prejudica a adesão às terapias antirretrovirais e são vários os fatores que contribuem para este cenário, entre eles a polifarmácia. Neste sentido, muitas vezes têm se priorizado determinadas condições como forma de melhorar a aderência do paciente ao tratamento.
E, embora o histórico clínico do paciente não possa ser modificado, alguns fatores relacionados ao estilo de vida, como a prática regular de exercícios físicos e a alimentação saudável, podem contribuir para a redução desta polifarmácia, melhor qualidade de vida e aumento da longevidade dos idosos diagnosticados com a doença.
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Referências científicas:
Montano M, Oursler KK, Xu K, Sun YV, Marconi VC. Biological ageing with HIV infection: evaluating the geroscience hypothesis. Lancet Healthy Longev. 2022 Mar;3(3):e194-e205. doi: 10.1016/s2666-7568(21)00278-6.
Erlandson KM, Karris MY. HIV and Aging: Reconsidering the Approach to Management of Comorbidities. Infect Dis Clin North Am. 2019 Sep;33(3):769-786. doi: 10.1016/j.idc.2019.04.005.